É, voltou! Ela voltou (sorriso no canto da boca ao dizer baixinho). A chuva cai na segunda-feira. O deserto tem seus contornos de percurso. No decorrer da caminhada, o pé sente as linhas dos topos das dunas. A sola esfrega a areia e aplaina um pedaço da crista. A chuva cai, repara outra vez. Voltou. Mas voltou quem? Tem uma beleza aqui sim! Há um Espírito Santo que sempre esteve aqui, desde a meninice. É a sensação de bússola: se você ouve a Deus, a paz se achega... Não tem falha. Que Deus maravilhoso! Queria que todos O vissem e O sentissem assim. Invisível aos olhos, tátil ao coração. Queria — uma vez mais — que todos O sentissem e tentassem, nem que uma vez na vida, conhecê-lo. É só abrir a porta e chamar. Ele vem. Descobri neste deserto que Ele ama de verdade. Ele é maravilhoso, fiel e amigo. Outro sorriso no canto da boca. Há tempo para tudo, diz as escrituras. E há sim! Morreria feliz e morrerei. Incompreendido por muitos tantos vivos opinantes de direções, palavras e escolhas múltiplas. Todo mundo tem opinião para cada coisa que há nesta Terra, é impressionante. E ninguém, ninguém ouve ninguém. O som adentra o ouvido mas o que vale é a sequência que já sabe o que irá dizer. Neste mundo terreno, o joystick da nossa vida está [supostamente] na mão de indivíduos e facções. Mas nunca esteve aqui. Cada sono noturno sempre foi carimbado pelo selo de amor na testa. Daí a paz. Mesmo em desertos quentes e sem comida. Comemos muito, aliás. Desnecessariamente.